Crônicas Esportivas

1896 :

 

                                         Sem piscina

 

  Vinte mil pessoas foram na Baía de Zea, ao longo da costa Pireu no dia 11 de abril de 1896, para assistir as provas de natação, que foram realizadas no mar e para dificultar os competidores, a água estava mais gelada do que o normal. Houve quatro modalidades de natação. Me surpreendi ao saber que as provas de natação eram no mar e não em piscinas, por causa dos organizadores que não queriam gastar dinheiro.

  As provas foram realizadas uma depois da outra, e um competidor, Alfréd Hajós, da Hungria, deveria competir em duas provas no mesmo dia, em um tempo curto demais, o que diziam que seria impossível, mas ele venceu a prova dos 100 metros e depois venceu a prova dos 1200 metros, que foi realizada depois da prova de 500 metros.
 
   Posso estar errado ou não, mas acho que é muito mais difícil competir no mar, mesmo com um tempo menor que os nadadores atuais fazem nas piscinas, talvez seja mais difícil vencer uma prova no mar, ou talvez possa ser mais difícil bater um recorde nas piscinas.
 
   Em 1896, não tinha tecnologia como nós temos nos anos atuais, mas agora, temos uniformes de natação que ajudam nos movimentos dos nadadores nas piscinas, antes não tinha isso, era só o uniforme que não ajudava e a água do mar que atrapalhava no rendimento das provas.
 
   Todos falam que o Phelps, César Cielo, entre outros, são ótimos nadadores, sem dúvida são ótimos nadadores, mas acho que não devemos comparar esses nadadores atuais com os que estavam nas Olimpíadas de 1896, pois os atuais tem tecnologias maravilhosas e os nadadores de 1896, não tinham nada, além das ondas e do frio que atrapalhavam. Os nadadores de 1896, eram muito esforçados, como o húngaro Alfréd Hajós, que além de ganhar duas medalhas de ouro no mesmo dia, ele ganhou a medalha de prata nas Olimpíadas de 1924 em arquitetura.
 
 
 
 
1906 :
 
                                                  
                               Guerra entre cordas
 
 
    O cabo de guerra, foi considerada uma modalidade olímpica em 1900 até 1920. Mas, em 1906, foi a mais emocionante, porque foi realizada no Estádio Panathinaiko, que tinha capacidade para oitenta mil lugares, atualmente tem capacidade para quarenta e cinco mil lugares.
 
    A competição do cabo de guerra, foi realizada no dia 30 de abril de 1906, com o estádio lotado, com a maioria dos torcedores gregos, mesmo assim não foi a Grécia que ficou com a medalha de ouro para a tristeza dos torcedores gregos. A Alemanha ficou com o ouro, a prata ficou com a Grécia e o bronze com a Suécia. Apenas quatro seleções participaram, a Áustria ficou em último.
 
    Todos os competidores das quatro seleções eram policiais ou operários, pois esses dois empregos na época precisavam de pessoas com os membros fortes que até hoje a maioria desses empregos temos homens muito fortes.
 
    As equipes deveriam ter oito atletas para puxar a corda, e um desses oito atletas era o capitão, nas quatro seleções de 1906, o capitão era o que ficava na frente e é claro que dava ordens para os companheiros.
 
    Muitas crianças no Brasil, já brincaram de cabo de guerra e essas faziam barulhos ou gritavam por estar fazendo muita força. Em 1906 e outros anos, o cabo de guerra era um esporte olímpico, onde pessoas fortes competiam, concerteza esses atletas faziam barulhos de dor, por causa da força que faziam. Durante a prova, os atletas conversavam entre si, para saber o que deveriam fazer para ganhar.
 
    Os atletas que se destacaram nas Olimpíadas de 1906, 1908 e 1912 foram os suecos, porque além de competirem no cabo de guerra, eles competiram em outras modalidades, como a ginástica artística e o lançamento de dardo. A Suécia, conseguiu várias medalhas com os atletas que participavam do cabo de guerra, além de vencedores, eu também acho que eles treinavam muito, e não foram só pela festa, como muitos atletas brasileiros na minha opinião vão as olimpíadas, e foram para vencer.